Interpreta | Caso de Sucesso
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wearableblog

Você é o que você veste! Ou pelo menos sabe mais sobre você.

Semanas atrás escrevi um post de título: você é o que você vê. Hoje, desejo ir um pouco além sobre os avanços da tecnologia na nossa vida. Vamos comentar os wearables ou “tecnologias de vestir”. Ficção ou realidade? O que está disponível para usarmos no nosso dia-a-dia? E como a nossa rotina pode mudar com esses “chips vestíveis”?

A imagem que compõem a chamada desse post é hipnotizante. Nada parece ser melhor do que ver esse bebê dormindo, mas há sim coisa melhor, é saber em tempo real que o bebê está dormindo bem, com respiração e batimentos cardíacos em ordem. Não pensa assim? Então talvez você não tenha passado por essa experiência de deixar seu bebê em outro quarto enquanto tenta dormir.

O pequeno macacão equipado com o sapinho verde foi desenvolvido com tecnologia Intel com a finalidade de monitorar o sono do bebê. U$ 199 e você pode comprá-lo pelo site da Amazon ou no mimobaby.com. Um verdadeiro ufa para os pais que não conseguem pegar no sono sem checar constantemente se seus bebês estão respirando.

E a proposta de abandonar de vez a carteira, o uso de dinheiro e até mesmo de cartões de crédito? Uma startup brasileira, a ATAR, desenvolveu uma pulseira que não precisa de carregador, pode ser usada em todos os momentos do dia e funciona como um cartão de débito. Basta aproximá-la das maquininhas disponíveis em qualquer ponto de venda e a mágica acontece. Um crédito é reconhecido, você digita a sua senha e pronto: o valor foi debitado da sua conta ATAR e creditado na conta da loja.

ATAR

Parece ficção? Até parece mas não é. A ATAR já recebeu R$ 1 milhão em aportes e ganhou oito prêmios de reconhecimento a inovação. A pulseira está disponível para venda no site wearatar.com ao preço de pré-venda de R$ 249. E você se interessar por como funciona, dá uma olhada nesse vídeo bem bacana que eles produziram: https://youtu.be/hUncw04Ftac

Percebeu como os wearables estão acrescentando e facilitando a nossa vida? Já correu usando algum relógio que monitora o seu gasto calórico, as suas passadas e o seu percurso? Ou até mesmo já usou o celular com essa função?

Eu não sei qual vai ser o primeiro ou o próximo wearable de vocês mas eu já comprei a minha pulseira ATAR e ando ansioso para que ela chegue e aposente a minha carteira. E não, esse post não foi patrocinado, a não ser pela minha vontade de viver nesse velho mundo novo.

Casulo

Como a Economia Criativa tem contribuído para inovar o varejo

O termo ‘economia criativa’ ganhou força durante o mandato do primeiro-ministro britânico Tony Blair. Nesse período foi realizado um amplo estudo sobre as possibilidades de desenvolvimento da economia inglesa, resultando na identificação de vários setores potenciais, todos eles ligados à geração de valor através de direitos de propriedade intelectual, daí o emprego das expressões: ‘indústrias criativas’ e ‘economia criativa’.

Essa nova ordem econômica é facilmente identificada: usualmente nasce de processos colaborativos, seus produtos e serviços são autorais e o valor entregue é facilmente reconhecido através de intangíveis. Várias atividades se encaixam nesta definição: música, artes visuais, cinema, gastronomia, teatro e por aí vai. Mas você já imaginou a economia criativa presente e transformando uma atividade tão paradigmática como o varejo? Neste post vou comentar algumas boas práticas através do caso exemplo do Casulo Moda Coletiva.

Maiene Horbylon, Raquel Guerra e Milleide Lopes, do Casulo Moda Coletiva.

Maiene Horbylon, Raquel Guerra e Milleide Lopes, do Casulo Moda Coletiva.

O Casulo é um empreendimento com pouco mais de cinco anos de mercado, mas você pode se enganar se associar tempo de vida com capacidade de realização. Com um princípio ousado: “Apresentar uma nova proposta de consumo de moda”, as ações desse coletivo vão muito além da oferta de produtos com design autoral, elas propõem uma reformulação na relação com todas as partes interessadas entre as quais clientes e fornecedores.

Um dos reflexos desse diferente pensar está no apoio e abrigo de marcas que se preocupam com a sustentabilidade de toda a cadeia de moda da cidade de Goiânia, onde hoje está o Casulo. Criativos que utilizam sobras de tecido do pólo têxtil para a confecção de suas peças são incentivados pelo coletivo. É de impressionar o quanto pode-se produzir com essas “sobras” que iriam para o lixo na ausência dessa destinação: roupas, óculos, adereços, entre outros.

bazarcasulo02E como eu disse, esse coletivo vai muito além. A ação que chamou minha atenção foi o Bazar de Trocas, promovido com regularidade pela loja. Não, não se trata de uma queima de estoque como geralmente se vê. Durante o Bazar do Casulo, os clientes são convidados a trazerem as peças que têm intenção de se desfazer e, durante um dia inteiro, ocupam a loja num grande intercâmbio de peças e experiências. É claro que há outros ganhos além de ampliar o ciclo de vida das peças, a satisfação dos clientes é talvez o maior deles, que sabem: em algum momento do ano podem contar com o Casulo para renovar parte do seu guarda-roupa sem qualquer custo associado.

Tenho certeza: a economia criativa ainda vai nos mostrar muitos caminhos para inovação em diversos setores além dos quais ela está naturalmente associada. E se você se interessou pelo tema e tem interesse em desenvolver algo nessa linha, segue uma dica: entre os anos de 2012 e 2016, o conselho britânico instituiu um programa de apoio ao diálogo artístico entre o Reino Unido e o Brasil. Para saber mais, acesse: http://transform.britishcouncil.org.br. Talvez um negócio bem perto de você possa ser reinventado com a ajuda desses princípios.